quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

O tempo voou

Estou surpresa! Estive ausente por muito tempo. Já é fim de ano e nada postei.
Foram momentos de alegria, com tres aniversários de netos; um tempo de luto, com o falecimento de minha sogra - Ida - mais alegrias e ausências com viagens muitas, curtas no tempo, outras vezes, longas na distância. Vi e revi Campos do Jordão, Itatiaia - o parque é um paraíso e Penedo um cantinho adorável. Depois vieram: Moscou, Varsóvia, Cracóvia, República Tcheca, Budapeste, Praga, Viena e Berlim. A parte linda é como já vimos na Europa Ocidental. Sem ser pessimista, o banho de História que tive foi visitar Auschwitz e Birkenau. Foi o choque do mundo lindo, amoroso com o inferno maldoso, incrivelmente realista! Contudo, se fosse possível, todos deveríamos ver o que restou daquela trajédia humana e não girarmos sempre em torno dos lindos museus imperiais ou artísticos; observar o gótico ou renascentista das catedrais...Aquela visão ficará comigo para sempre, não como pesadelo mas em compaixão. Algo que não durará apenas o tempo de um filme, sobre os campos nazistas de concentração.
Espero estar mais atenta a este blog, mesmo que ninguém o leia. É muito gratificante escrever. Não precisa ser um romance, um conto mesmo uma poesia. O rabiscar, com lápis ou caneta - aqui o teclado - é uma terapia para mim.( ou um bombom com licor!)
Bom, só quero dizer que estou de volta e quero ser mais disciplinada. Boa noite.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Chegada de Gabriel

Chegada de Gabriel

Meu terceiro neto, Gabriel, chegou na tranquilidade de um dia que findava; no dia vinte e um de outubro, no ombro de uma nuvem espessa. Só que a nuvem se segurou e não rolou feito água, céu abaixo, como das outras vezes.
A ansiedade era a mesma que sofrera desde o primeiro evento, quando nasceu Felipe; a mesma que inundava meu coração, no tempo de Guilherme. Avó sofre! Pode ser que avô sofra, que tia arregale os olhos e tio finja sossego. A verdade é que avó sofre! Avó Regina e Avó Mary. Esta, então era puro desespero! O tempo parecia estacionado. Ou era eu que olhava sem pausa para o relógio, querendo logo o menino na vidraça.
Nosso coração desceu do espanto, quando Surya, todo paramentado de cirurgião, surgiu à porta, com imenso sorriso e olhos como estrelas brilhando! Fingia calma, experiência já adquirida; só fingia, eu sei! Foi o abraço mais apertado que até hoje me deu.
Depois, foi só alegria, vendo o banho através da vidraça. O pai, que corajoso!- ou é a mãe que é corajosa?- lavava o filho com desenvoltura, sob a supervisão da enfermeira. Se uma avó limpava disfarçadamente alguma lágrima, pode ter a certeza de que era de pura emoção ou só um cisco que entrara em seus olhos!
Agora, é dar graças ao Senhor e curtir a presença desse anjinho, que, além de tudo, traz o nome de Anjo. E que Anjo!