domingo, 30 de dezembro de 2012

Gabriel



Olhos azulados,

Boca bem desenhada

E um bonito nariz.

Algo me diz

Que você está sorrindo para mim!

Todavia, sei muito bem

Que é só sensação de bem - estar

Que seu desconforto aplaca.

Vovó sua cadeira balança,

Cheia de esperança

Nas covinhas de sua face!

Depois de uns minutos, está dormindo...

Eu, a mim mesma sorrindo,

Ouvindo o vento, no jardim,

Numa paz sem fim,
 
A me julgar a mais feliz do Universo!

Feliz Ano Novo

     Feliz Ano Novo!
     Uma frase tão repetida que se tornou velha, como um chinelo surrado. Contudo a falei e escrevi para muitos amigos também a recebi em diversos formatos, porém nenhuma novidade.
     Refletindo só um bocadinho, falar de Ano Novo como um todo, como um bloco pronto, um conjunto de dias e meses em que devemos ser - chova ou faça sol - sem criatividade, como um fardo, um osso duro de roer ( caso não morramos a qualquer momento) - isso é que torna o tal " Feliz Ano Novo" um jargão. Isso é o que estraga, azeda tudo. Prefiro o " felizes dias futuros"; ou " suportáveis horas de trabalho" ou ainda " benditas horas de lazer". Isso é o que queria ter dito e não disse, pela correria em preparar uma bela e divertida refeição, no meio da noite, para a família e muitos amigos.
     Natal e Réveillon devem acontecer em muitas noites, durante todo o ano. Luzes, brilhos, cristais e porcelanas; beijos, abraços, flores e mimos deixam nossos dias mais humanos quase angelicais. Quebram barreiras, podam galhos secos e alisam arestas em nossos relacionamentos. Se existem propósitos, metas para o ano novo - e eles existem - que eu possa fazer como fizeram meus netos: o dia do desaniversário. Um dia alegre, de festa bonita, com boa comida, sem filas nos mercados, sem papai - noel, sem obrigatoriedade de presentinhos. Já fiz isso em algumas vezes e os amigos ficavam a indagar o que estávamos a comemorar? Aniversário de quem? Nada, eu respondia. Estamos comemorando a Vida! Isso é um bom motivo, por si mesmo. Se eu conseguir agendar este tal dia ao menos por quatro ou seis vezes, neste ano que desponta, já me darei por feliz. Vamo-nos tornando acomodadas ou complicamos o encontro. Se formos simples como as pombas e puros como os lírios- do - campo ( o Mestre falou algo assim) nosso encontro será como um Natal ou Réveillon, em plena tarde de um junho ou setembro qualquer.
     Posso dar-me o luxo de não programar mais nada; se, além disso, eu conseguir escrever algum poema, pintar uma minúscula tela, comunicar - me com meus queridos, no Exterior, brincar com meus netos, fazer exercícios físicos, cuidar de meu jardim, ler um bom livro, responder e-mails e, sobretudo, orar melhor - se eu conseguir isso - então o meu Ano Novo ficará um pouquinho mais novo que este 2012.
     Para quem diz que nada vai programar, esta é uma programação e tanto!
     E, para não perder o hábito: Feliz Ano Novo para todos.   

quarta-feira, 26 de dezembro de 2012

Giovana

      Giovana
     Ainda é Natal. Pelos enfeites que permanecem iluminando as ruas, janelas, árvores, lojas e jardins, ainda está Natal. Que possamos, após a retirada desses sinais exteriores, continuar vivenciando esta alegria e solidariedade, durante todo o ano.
     Trocaram-se presentes, comeram gostosuras até demais. No entanto, o nosso presente maior e mais bonito e mais valioso é Giovana.
      Mais um tesouro a se juntar a tantas outras preciosidades.
      O dia quentíssimo retirava nossas energias e escorria em melado indócil sobre nossas faces. A menina deu leves demonstrações de que naquele vinte e um ela queria estar do lado de fora do ventre materno. Mamãe Juliana - ( que faz jus ao nome : " San Juliano, o tranquilo" ) - ainda duvidava que seria para aquele dia.  No branco perfeito do colar de seus dentes, sorria e marcava as contrações a cada cinco minutos. À hora marcada, todos executaram suas tarefas, satisfatoriamente.
       Era uma avó fingindo para a outra, simultaneamente, que não estava ansiosa; ambas estavam muito ansiosas. E não sossegaram enquanto o pai de Giovana não surgiu com sorriso iluminado!
Era a confirmação de que todos cantavam " Glória, Aleluia": Giovana chegara bonita e saudável!
É sempre um mistério o maravilhoso nascer de uma criança!
Os pés das avós, meio anestesiados de permanecerem em pé, dançaram um pouco mais e foram levar os olhos a brilhar para verem o banho da mocinha, através da vidraça. Abastados cabelos castanhos, pele clara, olhos também castanhos; muito discreta nossa Gi. Enquanto o colega Lorenzo berrava a plenos pulmões e um Cauã chorava sem timidez, a menina aguardava sem nem um resmungo, a sua vez de ser banhada e avaliada: tirou nota dez! Também dou um dez para mamãe Juliana, sempre alegre e cheia de paz. Tudo estava bem para ela.
      O dia vinte-e-um passou; chegou Natal e já vislumbramos o Ano Novo! Que Giovana seja para nós o símbolo da Esperança: falaram tanto que o mundo acabaria em 21/12/ 2012. Percebendo a besteira, alguns consertavam que era o mundo - velho, cheio de desigualdades e mentiras que ia-se acabar.
Ora, bolas, ninguém sabe quando nem como o mundo vai-se acabar. O que não pode desaparecer é a Esperança.
E com tantas crianças que nasceram no mesmo dia de Giovana, temos motivos para renovar nossa esperança. Comecemos a ser melhores, a partir de hoje e teremos um 2013 com mais amor, amizade e solidariedade.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2012

Natal

     Mal entramos em Dezembro, tudo gira em torno do tema:Natal. Mas esse "tudo" bem analisado é quase inteiramente voltado ao comércial, restando muito pouco à sua essência. Natal é celebração cristã e tem como centro o nascimento de Jesus, o Cristo. O que me entristece e me causa espanto é que o aniversariante, cada vez mais perde seu espaço para o lendário Papai Noel. E são muitíssimos os enfeites para as portas, os beirais e troncos das árvores; são sinos, sacolas em formato de botas, filas nas lojas, velas coloridas por todo lado, crianças fotografadas com bom velhinho...
    Tudo isso pode acontecer sem prejuizo, desde que não nos esqueçamos de mostrar para a criançada um gracioso Presépio. E, na alegria da reunião, ter um bolo, com vela para assoprarem e todos cantarmos o " Parabéns a Você ! "

Proclamação do Natal

Gritem, nos quatro cantos da Terra:
      - É Natal! É Natal!
Venham todos, venham logo.
Venham de qualquer modo.
Alegria grandiosa ou modesta.
Venham celebrar a grande festa!
É o nascimento do Menino - Deus,
      A quem muitos deram adeus,
      Celebrando a si mesmos!
Neste mundo sempre aparente,
      Tente ser diferente
E belo Presépio invente.
      A festa é de Jesus.
Que todos disso não se esqueçam
E cantem ao portador da luz.
À porta do coração,
Bolas coloridas de amizade,
      A guirlanda do perdão,
Fartura de mimos e abraços,
Pacotes de beijos com laços
E quitutes de carinhos.
Pinte o amor de dourado
E salpique estrelas no sorriso.
Pois que é essencial,
A voz forte, fraternal
A cantar que Jesus nasceu
E de paz nossa vida encheu!

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

O Convite

     Chegava ao clube, quando me encontrei com minha amiga Júlia. Ela acabara de sair de seu carro e carregava, além de enorme sacola, a boia de natação. Após nossos cumprimentos habituais, ela estendeu-me um pequeno envelope e acrescentou várias exclamações de indignação dirigidas ao que nomeou de " O Convite de minha neta". Estendia-me o tal e o recolhia. Não o tinha visto ainda, enquanto ela exclamava que aquilo não era modelo nem cor apropriados! Reforçava os xingamentos atribuindo à fraqueza da mãe o fato de a neta estar a fazer o que não devia. Também o pai da menina, seu filho, seria um frouxo ou tolo, pois não lhe impunha limites. A menina dissera que seu aniversário seria como determinasse. E Júlia falava e voltava a falar e mal respirava. Afinal, deu-me a ver  o polêmico convite, para que eu corroborasse seus sentimentos de avó aflita e inconformada. Tinha o convite o formato de um caixão de defunto, postado sobre um retângulo branco. Encimando o caixão, uma caveira e uma cruz. Dentro, o cartão era como qualquer outro, marcando dia, hora e lugar onde seria o evento.
Abaixo, um "p.s." determinava que os convidados se vestissem de negro.
Achei " sui generis ", mas neste contexo de Nova Era, com filmes na linha de Senhor dos Anéis, ou da saga Crepúsculo (Lua Nova, Amanhecer? Será isso?) - Aqueles de vampiros charmosos e bonzinhos que não bebem sangue humano - Somam-se os filmes de Harry Porter - honestamente, estou meio por fora destas tramas de magia - e uma pitada de Hallowin. Ora, ora amiga avó, sua neta é uma adolescente querendo - se afirmar. Tem que seguir a onda; ainda não tem personalidade formada...Afinal, ela está fazendo uns treze, quatorze anos, no máximo, não é? Falei condescendente, dando-lhe uma força.
   -Não, não!- gemeu minha amiga- Minha neta está fazendo apenas seis anos!
Calei-me e nos despedimos. Aleguei que estaríamos a perder nossos preciosos exercícios.
Realmente, juntei meu lamento ao de Júlia. Estará escorrendo rio abaixo aquela pureza de crianças que gostam, em seus convites, de enfeites floridos, claros, com bichinhos ou personagens de desenho animado?
Se for como esta criança, é uma pena!

quinta-feira, 22 de novembro de 2012

O Show de Cada Um

     Estive a me encantar com a performance musical do falecido - para alguns até saudoso -Jimi Hendrix com sua guitarra elétrica. Nada entendo de música e acontecia, neste show - documentário, o evento de rock de Woodstock. O jovem Hendrix fazia "misérias" com o instrumento capturando minha atenção e foi muito lindo quando executou o Hino Nacional dos Estados Unidos, num arranjo original. Se alguém me contestar afirmando que isso foi no Festival de Monterrey, aceito. O importante é que ele começou sua carreira por baixo até com vaias e chegou ao topo. Infelizmente, como quase sempre acontece com esses astros, as drogas, álcool e exaustão acabam por destruir suas vidas, ainda muito jovens e com grande fortuna.
     Passeando por Córdoba, na Espanha, detive meu olhar sobre uma jovem que tocava violino, na rua, à entrada da famosa ponte romana. Estava frio e ela, bem agasalhada, preferiu deixar no sol sua caixa de doações. A música era suave e de acordes clássicos, lembrando Bach ou Chopin. A maioria das pessoas parecia nem ouví-la, preocupadas em fotografar monumentos ou a paisagem local, com belos jardins. Percorremos lugares anotados como prioritários para turistas e, depois de algumas horas, retornávamos ao hotel. A jovem escolhera outro ponto, na mesma rua - palco, agora à sombra. Fiquei a pensar no que motiva esta garota a portar seu violino e a executá-lo de modo tão correto e sensível, sem receber remuneração alguma ou quase nenhuma. Afinal, gastou tempo e dinheiro estudando, pagou para adquirir seu violino e fica à mercê da sorte ou da caridade de quem passa.
     Lembro-me de que faz pouco tempo, atravessando a Praça da Sé, em S. Paulo, vi algo ingênuo e comovente: um homem de meia- idade, usando chapéu de feltro, camisa xadrez e calça jeans surrada executava músicas cujas letras eram improvisadas ou adaptadas ao gosto do ouvinte. Ouvinte era todo aquele que, tomado pela curiosidade, detinha-se naquele outro palco - de - rua. Uma tabuleta anunciava: " Caveirinha Show de Rua". O homem até que manejava bem seu violão. Mas a "orquestra" completa é quem deixava todos de olhos arregalados. Aos dedos da mão direita, Caveirinha agregou um arame que se ligava a um bastão e este executava um acompanhamento como se fosse um teclado musical. O pé direito marcava o tempo em uma espécie de chocalho. O pé esquerdo movimentava um palhaço que tocava tambor. Realmente, era espantosa sua habilidade. Sua alegria contagiava e ele oferecia músicas para todos os times de futebol, conforme a plateia exigia. Como a mocinha de Córdoba, também ele tinha lá sua caixa para receber moedas. Embora não fosse em euros e muito menos como a fortuna arrecadada por Jimi Hendrix, penso que Caveirinha volta pra casa muito mais satisfeito e, melhor que tudo, "ainda volta" com seus cinquenta anos.

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Manchete do Dia

     Feriado de quinze de novembro, acordo mais tarde e a manchete do dia é: " Ministro José A. Toffoli diz, em outras palavras, que os gatunos do Mensalão estão sendo julgados como na Inquisisão. Que não era para tanto, pois o intuito dos crimes era " somente" ( o grifo é meu ) o " vil metal"- agora o grifo é dele. Vil metal ele quer dizer os milhões de reais dos cofres públicos - o meu e o seu dinheiro - que eles roubaram e distribuiram com corruptos iguais a eles. Ora, se o " vil metal" comprou fazendas, bois, palácios, viagens, isso para o dígno ministro não é nada. Se ao menos esses corruptos devolvessem o fruto do roubo seja em espécie ou bens adquiridos, ainda podéríamos dar-lhes pequenas penas de trabalho social. Como vimos acontecer com Paulo Malluf ou com Nicolau dos Santos Neto - o juíz Lalau - no governo de Fernando Henrique Cardoso - só para lembrar alguns dos muitos - esses foram presos, ficaram ali umas horas ou uns poucos dias e soltos estão até hoje gosando da imensa fortuna adquirida. Se a quadrilha do mensalão devolvesse o dinheiro - do que duvido - quem sabe a pena de prisão fosse diminuida. O Sr. Toffoli diz que pena de prisão " é medieval". Desculpe-me este ministro, mas sua ingenuidade ou sensibilidade com essas " crianças" que roubaram doces na cozinha, parece-me que vem atrelada ao fato de ter trabalhado anteriormente com José Dirceu, na Casa Civil. Deduzimos disso que ele tem por obrigação defender o antigo patrão, quem sabe alguém que o tenha indicado ao cargo que hoje ocupa.
     Ademais, fiquemos atentos: determinar o quanto da pena é uma coisa; cumprir tal pena é outra coisa. E duvido muito que os tais vão ficar na prisão por dez, cinco ou tres anos. Veremos se o ilustre Joaquim Barbosa e os demais que o seguem os farão cumprir o tempo "medieval" na prisão só por causa do "vil metal".

domingo, 11 de novembro de 2012

O Encontro

Falar de nosso encontro sem nada nem ninguém esquecer não posso. O tempo, muito além da memória treinada, se encarrega de apagar alguns traços da fisionomia e traça alguns sulcos, modela nosso rosto, conforme nosso caminho percorrido. Podemos vislumbrar vestígios do frescor juvenil, no brilho dos olhos, nos sorrisos nada tímidos dessas que retornamos, após cinquenta anos. Éramos adolescentes sonhadoras, cheias de planos e grande expectativa sobre o futuro.

Voltamos no tempo. Enquanto no tempo, este se incumbiu de pratear nossos cabelos, cuidadosamente apresentados alguns sob as nuances as mais variadas, do preto e cinza, ao louro - claro, bege ao multicolorido. Entrecortando as gargalhadas, as surpresas, os abraços surgia a inevitável conversa ao pé - do - ouvido, o desabafo, um suspiro, o compartilhar das rosas e dos espinhos que todos encontramos ao longo do caminho. Afinal, é muito bom constatarmos que a amizade existe entre nós. Plantada a semente há tantos anos, germinou quase imperceptivelmente e se fortaleceu na distância e na saudade. Nosso encontro foi lindo e fico matutando quando nos veremos novamente. Longe de Itajubá, em outras cidades mesmo em outros Estados, talvez no Exterior, temos que curtir uma saudade dolorida.

Matutando

Faz falta o gosto de Minas:
Fundão de mato, cheiro de bicho...
Faz falta montanhas azuladas
E casinhas entre galhadas,
Com jardins em volta.
Fumaça nas chaminés de chalés
Quase escondidos por araucárias centenárias...
Faz falta um riacho com canoas,
Pescadores sonolentos e vaquinhas mochas,
Pastando em pasto ralo, amarelecido,
Que a chuva é pouca e mineiro descuidado...
Mas o gado, persistente e forte como o caboclo.
Faz falta o silêncio, o passaredo de qualidade
E um bom amigo que ficou na saudade!
Falta todo o tempo do mundo,
Pra pensar fundo na vida e esquecer a cidade.
Faz falta tudo isso. Muita falta!
Falta Minas e falta você!

A todas as amigas - normalandas de 1962 - o meu muito obrigada por terem comparecido ao encontro, sobretudo àquelas que não mediram esforços para que ele acontecesse.

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

Ladrão Caipira

O moço chegou, a cavalo,
Com chapéu novo de pura palha.
A moça, na varanda, com seu jeito
De sonhadora, boca encarnada,
Já em beijo postada, feito
Beicinho de menina chorona,
Feliz pelo apego
A seu caboclo apaixonado.
Façanha corajosa, infinita,
A do ladrão caipira
Que só rouba beijo de moça bonita.

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

Sandy

  
     Só para registrar: Sandy, aqui no Brasil, é a linda e famosa cantora, de quem minha amada sobrinha é fã incondicional.
     No entando, Sandy, sobretudo para os novayorquinos, está sendo um pesadelo de tempestade, causando destruição e morte. É realmente um drama ter enchente com ondas, como se mar fosse; falta de eletricidade e ventos fortes com tempestade arrastando tudo.
Apesar de os Estados Unidos viverem histórias de furacões ou tempestades, sempre assustam esses episódios que mostram a força da Natureza. Muitos outros Estados estão sofrendo com esta catástrofe. New Jersey também está passando por tal sofrimento.
Rogo a Deus por todos, particularmente por minha amiga Ushi que mora ali.

Melhor Cantar

Melhor cantar o amor,
O cálido beijo do amante,
No ninho do leito flutuante.
Melhor festejar a amizade,
Ainda que chegue tarde
Para celebrar a felicidade
De se estar vivo.
Melhor cantar
Um dia ensolarado,
Com crianças brincando
Sob o olhar dos pais.
Melhor cantar a inocência
De adolescentes de trancinhas,
Pulando " amarelinha"
Ou jogando polidas pedrinhas.
Aguço a memória.
Extraio de minha meninice
Um caldo azulado de paz
E arquivo minha história.

No vazio da perdida inocência,
Cresce a exacerbada violência.

( Melhor cantar o fogaréu desta primavera,
  que estar onde a tormenta Sandy atua com fúria total!)

domingo, 28 de outubro de 2012

Conversa de Botequim

      Conversa de Botequim

      Era um grupo pequeno, porém, muito animado e muito amigo. Por isso é como botequim mesmo: informal, sem programação nem convite. Quem chega, puxa uma cadeira e fica. Para acompanhar, um bom vinho ou cerveja - há quem fique só na água ou sucos.
      E o assunto ganhou forma e peso, em torno da mesa. Os mais falantes absorvem o tempo de conversa de outros, mas recebem de bom grado as crítícas que lhe fazem. Pedem desculpas, ouvem, opinam e voltam a tagarelar.
      Uns que tinham chegado da Espanha, entusiasmaram-se com a adaptação de seus netos de quatro e cinco anos que, em poucos meses, desenvolveram um " portunhol" fluente, com acento igual ao dos nativos. Ademais, esses pequenos degustam os "tapas" e " bocadilhos" com queijos fortes, jamom e frutos - do- mar, com a mesma alegria com que comem batatas fritas e hamburguer. Falar das cidades menores, os lindos patrimônios da humanidade, como Cáceres, Toledo, Ávila e Salamanca; Sevilha e Córdoba, rendeu um caldo de curiosidade, porque é muito bom vermos ao mesmo tempo a beleza da contemporânea Madri, Barcelona ou Valência e os castelos medievais e as edificações dos árabes, como  Alhambra e a Catedral de Salamanca, antiga e magnífica Mesquita. Um destaque interessante e romântico é hospedar-se no Castilo de Buen Amor, em Zamora, muito perto de Salamanca. Ficar ali, foi uma volta no tempo e uma emoção indescritível: ao longo de mais de cinquenta degraus para se adentrar seu aposento, passamos por uma decoração interessante: um soldado medieval em sua armadura, o mobiliário e objetos de arte antiquíssimos. Espaços enormes,  com serviços contemporâneos e eficientes. Alguns prometeram conhecer e pernoitar ali - que hoje é hotel - ao menos por uma noite. Com imaginação, a gente vive bons momentos e se transporta ao passado, facilmente.
      Os mais realistas puxaram o papo - cabeça para a crise econômica que aflige a Europa, como um todo e Espanha, em particular. Bom, se há crise ( e deve haver ) ela está muito bem camuflada, atrás de ótimas estradas, carros lindos, edifícios e casas suntuosos. Pode ocorrer desemprego como temos ouvido anunciar. Mas esta é outra conversa.
      Outro falou de sua experiência em visita e cursos na Rússia e na China. Muito hilário e assustador foi quando nosso amigo se sentiu " perdido" por lá, tendo apenas uns poucos vocábulos da língua; corajoso ele. Saiu-se muito bem, gesticulando e dando algumas gordas gorjetas.
      Chamou a atenção das avós e tias, o Quarto de Giovana, que está a chegar: é um quarto de boneca! Merece umas fotos. Papel de parede em fundo bege, com delicadas rosas em aquarela; nichos com boneca ( de tia Raquel) e bichos de pelúcia. Vasos de flores de tecido composé, nos tons da parede, sobre a mesinha branca. Rica cortina, com casas- de- abelha e pedraria; delicados quadros, cadeira da mamãe, luste mimoso e outra linda boneca, ricamente vestida. Tudo isso projetado e feito por vovó Irene, uma artista e artesã de mãos cheias. Sei que vou -me esquecer de algum detalhe. Fiquei encantada com o quarto que aguarda nossa amada neta.
      Nesta altura como sempre, passa de meia -noite e o sono da seu ar de graça, intensificado pelas boas bebidas e comidas. Os mais velhos e as crianças já querem cama e os jovens gostariam de ainda contar muita piada, muita história de caçador ( ou pescador, né Toninho?)e xingar os governantes da pátria.
      Não quero abordar política para não me aborrecer e perder o sono! Lá são candidatos que se apresentem, ora bolas! Dei-lhes meus muitos zeros, como tenho feito nas últimas eleições.
     

terça-feira, 11 de setembro de 2012

Caras e Bocas

     Tenho acompanhado as caras e bocas de amigas e das mulheres, em geral. Umas começam a esticar a pele do rosto logo ao completarem cinquenta anos. Outras esperam um pouco mais. A grande maioria, porém e felizmente, suporta o que costumam chamar " código de barras"  e o "bigode chinês". Há, todavia, aquelas que, mesmo não tendo enfrentado o bisturi, se gloriam com a nova cara inchada, preenchida, até meio torta. Haja paciência e caridade para não rir nem comentar o como estão feias, melhor, horrorosas! E as mulheres neste esquema, estão todas iguais Devem ter gostado do resultado ou não há volta, caso se arrependam. De batom, então, parecem a Clarabela, aquela dos desenhos infantis...
     Observando hoje, a senadora, agora já ministra da cultura, conclui que ela está com a boca do Shrek. Igualzinha! Umas vão devagar, esticam só um pouquinho hoje, mais um pouco amanhã. De repente, a boca chega antes delas; ou a boca tem vida própria - enorme, desproporcional aos olhos mesmo o nariz! Outras, contudo, estufam demais os lábios e se julgam uma Angelina Jolie. Ademais, lábios clássicos são finos e os da Jolie não são tão bonitos. As jovens de pele escura ou morena, sem esforço tem os lábios carnudos, bonitos. E não tem esse formato de boca estranha, inchada e esticada, como boca de macaco. Há quem diga que se lhes assemelha aos bicos de patas. Uma pena! Espero suportar as rugas que tenho e as muitas que virão, caso eu viva muitos anos para tê-las profundas. Pode acontecer que surja algum tratamento para suavizaá-las sem as deformar; então, seria um caso a pensar. Às vezes, entramos na dança dos costumes sem percebermos a agressão a que submetemos nossa face, ou nosso corpo. Não sei, não vi o estado anterior daqueles rostos. Pode ser que tal deformação, hoje corriqueira, seja para elas a melhor solução.

segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Raça ou cor de pele

     Faz algum tempo, um homem de pele negra ( deveria dizer afro-descendente?) nos ofereceu uma conferência onde ressaltava que "todos temos sangue de africanos e/ou de índios e/ ou de europeus ( sobretudo dos portugueses, italianos e espanhóis). Muito bem. A miscigenação no Brasil é das mais complexas. Ademais, não existe raça pura. Mesmo os muito escuros ou os de pele muito branca. Pelo meio da palestra, o homem já se fazia de coitado, prejudicado e, além de nos acusar de elitista, por termos a pele mais clara, afirmava ao bom som que os de pele escura tinham muito a receber da sociedade pois sua raça fora explorada e blá, blá, blá... De repente, ele pertencia a uma raça, a um grupo bem definido; eles mesmos se definindo incompetentes ou perseguidos. Não se pode chamar alguém de negro, muito menos de crioulo. Mas criam o " Dia da Consciência Negra". E conseguiram, com poucos esforços, as tão polêmicas cotas para Universidades.
     É com grande alegria que observo o ilustre ministro Joaquim Barbosa, com mestrado e doutorado no Exterior, dando um show de Ética, Competência e Coragem em ambiente quase sempre duvidoso de se fazer justiça. Se a Justiça realmente fosse a normalidade daquela Casa, não haveria tamanha euforia. E, para provar que o negro não necessita de cotas, esse ilustre senhor, fez seus estudos sem precisar de favores. Na verdade, esse caminho que sugere um atalho, pode ser uma armadilha perigosa para alguns preguiçosos. Sabendo que terão sua vaga garantida pela cor da pele, não se esforçarão para dar o melhor de si. Isso é uma pena. Quase certo é que não teremos outros Joaquim Barbosa.

quarta-feira, 5 de setembro de 2012

Retalhos da Vida

A poesia nos embala e nos eleva a um mundo superior à matéria. Um pouco de poesia nos faz refletir; nos cria a consciência crítica fundamental para filtrarmos os conteúdos que nos bombardeiam de todos os lados.

Retalhos da vida
A vida de cada um e de todos nós
É como colcha de retalhos,
Como veste de palhaços
Mesmo roupa de espantalhos.
Nenhuma vida só de branco se veste
Nem de puro ébano se tece,
Num fio feito de aço,
Que nunca se interrompe.
Assim, os retalhos de nossos sentimentos.
Ora vermelhos, ora cinzentos;
Azuis alguns julgamentos;
Outros, densos retalhos de lã...
Somos revestidos desses retalhos,
Novos ou velhos; alegres ou tristes.
Aceite os retalhos de sua vida
E faça deles uma obra de arte.

terça-feira, 28 de agosto de 2012

É demais!

     É demais para meus ouvidos tanta coisa medonha que escuto a cada dia. São fatos da violência, da hipocrisia e falta de ética - desde os favelados do Morro do Alemão - a alguns juízes e políticos.
Estou cansada de CPIs que acabam em pizza e os desavergonhados voltam pela porta dos fundos ( aquela do clientelismo mais abestalhado, grudado ao populismo dos governantes). Detesto o vocábulo " desvio," aplicado em lugar de "roubo". Certas pessoas pegam dinheiro público, em somas cada vez mais altas e mesmo os jornalistas dizem :-" que houve desvio de dinheiro, houve". Não conseguem verbalizar: -" que houve roubo, houve." Não entendo tal pudor. A esposa de um tal vai ao banco e retira cinquenta mil reais. Nem que fossem cinquenta reais. Ela " desviou o dinheiro " para a sua própria conta. Um dinheiro cujo guardião é o Banco do Brasil. Tenho ali - você também deve ter - um bom dinheiro que suamos muito para ajuntar. Ora, ela pegou parte de meu, de nosso dinheiro.  No Brasil, presidentes, seus familiares, governadores de Estados, amigos desses, profissionais que, em vez de estarem a trabalhar, ficam em seus cargos de direção apenas para coordenar o roubo - digo " desvio".
     Houve, em passado recente um movimento que se nomeava " Cansei ". Sumiu. Ou cansaram demais ou estão temerosos. Onde estão os estudantes secundaristas, os universitários e aqueles outros que nos anos sessenta faziam tanto barulho, em busca de governos honestos, ordem e progresso? Onde está a "Marcha da Família com Deus...?" O povo brasileiro está anestesiado, com seus sentimentos engessados. Eu sou o povo brasileiro! Eu estou cansada de corrupção e roubalheira impunes. Por mim, estes ladrões nem precisariam estar presos; tinham é que devolver o dinheiro roubado, porque, como já disseram, ninguém acumularia em seu tempo de governança ( leia- se Desgovernança" ) e qualquer cargo político a fortuna que estes gatunos ostentam, em quatro a oito anos, mesmo se não gastassem sequer para adquirir um palito de fósforo!

É demais esse " câncer social "; mas graças a Deus tenho os cinco sentidos perfeitos e uso meu cérebro para pensar. Por isso, tenho que falar.

domingo, 26 de agosto de 2012

Batidas do Coração

Fim de inverno, tarde escura.
Ventos fortes lá fora.
De minh'alma na secura,
Grande frio ainda mora.

A criança foi-se embora,
Com intenção muito pura.
Só que a saudade agora
Não pede licença, apura!

Bate o vento na vidraça.
Bate no peito a emoção.
Bate até o sino na capela!

Cá dentro, nenhuma desgraça.
Apenas um cadinho de purgação,
Em que sofro a ausência dela!

sábado, 25 de agosto de 2012

Dia do Soldado

     Não quero deixar passar este dia sem o registro de uma palavra de elogio e gratidão ao Soldado Brasileiro. Apreciamos com surpresa até espanto a atuação do valoroso Exécito Brasileiro, no Haiti. Com toda aquela destruição, o país ficou à deriva, entregue nas mãos de bandidos. Admiramos a eficácia de seu rígido treinamento, para estas operações de crise. O mesmo aconteceu em relação à pacificação do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro. Infelizmente, o espaço aqui é limitado e não poderia considerar o modo de vida daquela população. Marginais, traficantes em sua maioria, moram em ótimas residências e suas ruas e vielas - melhor iluminadas que as ruas das grandes capitais - mostram o emaranhado dos fios elétricos, como se fossem uma boa macarronada! Ou seja, até a energia elétrica eles nos roubam, pois quem paga a conta somos nós.
     Nossos impostos poderiam pagar melhor esses heróis do cotidiano; não houvesse tanta roubalheira nesses Estados ( São Paulo e Rio de Janeiro) , onde a bandidagem impera, a operação pacificadora das favelas poderia ser repetida até que se extinguisse esse câncer social. Ademais, o Exécito Brasileiro poderia cuidar de nossas fronteiras.
     Parabéns jovem soldado! A Nação Brasileira tem orgulho de vocês e de seus comandantes.

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

Recordações

     Enquanto jantávamos,relembramos nossa última viagem ao Pantanal. Foi muito interessante e impressionou-nos o amor e dedicação que o proprietário da fazenda - pousada demonstra.
     Ali, logo ao amanhecer vimos diversas espécies de aves, em alvoroço com seus trinados, chilreios e pios numa feliz algazarra: arara - canindé, arara-azul, bichoita, tucanos e sabiás. E mil outros de que nem sei os nomes! Vinha, ao cair da noite, o cachorro- do- mato ou lobinho e ficava com cara de tristeza, esperando um naco de carne. Era proibido alimentar o animal; certamente, deixaria seu hábito de caçar...E houve passeios de barco, savaris noturnos, companhia de jacarés, jaguatirica e o majestoso tuiuiu. Comida gostosa e sobremesa farta; gente simples e simpática. Histórias verdadeiras de caçadores, sempre com algum exagero, para alegrar as curtas noites, já que nos recolhíamos muito cedo para nos levantarmos também ao nascer do sol. Muita tranquilidade e a natureza exuberante encheu-nos a todos de renovada energia. Pretendo voltar logo ao Paraíso que é o Pantanal.

domingo, 12 de agosto de 2012

Dia dos Pais

     Penso que inventaram o Dia dos pais, das Mães, Avós e outros, comercialmente. Imaginemos dia e hora marcados para se presentear os pais e outros queridos até para abraçá-los. Sim, pois conheço filhos que não abraçam seus pais assim, em qualquer dia nem lhes dão ao menos uma flor, uma palavra de agradecimento. Bom, o Dia está instituido e tenho que aceitar. Meu jeito de viver a vida é que todo e qualquer dia é para se lembrar dos pais, dos avós, assim como os filhos e netos são sempre lembrados e paparicados.
     Almoçamos com uns quatro pais, Júnior, Luis, Ivan e Douglas e penso que um Renato aparecerá para falar com o pai. Vimos outro pai, Surya, que está de férias, na França. Disse que nem se tocara ser hoje um dia para ele ser badalado. Menos mal: chega de gravatas de seda, carteiras de puro couro, máquina de café e outras coisitas menos caras. O bom é curtir a alegria de ter por perto seus gatinhos e a amada.
     Para não dizer que sou estraga prazeres, fica aqui os parabéns para todos os homens que assumiram a paternidade de bom grado e levam a cabo esta difícil e nobre tarefa.

terça-feira, 7 de agosto de 2012

Amenidades: a culpa não é do cão.

    Não muito ameno quando se ve tantos cães " passeando" com seus donos porque na verdade estes os levam para defecar nas calçadas ou praças públicas! Vejo um seo fulano, alto, elegante bem vestido,puxando seu Golden Qualquer Coisa, raça linda do Reino Unido. Mal sai de sua residência, o cão vai urinar nas plantas do vizinho. Foi treinado para isso. Não esvazia sua bexiga ao pé da árvore da casa onde mora. Segue, a poucos, suja a calçada. Anda mais um pouco, defeca mais. E o dono segue mais à frente como se o animal não lhe pertencesse. Abordo o cidadão, elogio seu animal, ele me agradece e lamento o fato de ele ter adestrado o cão de modo tão infeliz a sujar a rua e ser um mau vizinho. O homem fica vermelho, finge que não é com ele que falo e entra na padaria. Alguém que chega me aplaude, pois tamanha safadeza não se enquadra com aquela figura de tão alta estatura e nanico na educação.
     Assim, já falei com um casal também todo produzido, cada qual puxando o balanço branco de seus cães. Nada de saquinho plástico para recolher a sujeira dos pequenos. Paro e fico observando sem dizer palavra. O homem puxa fortemente a coleira e o cão confuso se pergunta por que " hoje " não posso evacuar sossegado, bem na frente do portão deste condomínio? A bonitona se desespera; vestiu o agasalho azul que ressalta o louro artificial de seus cabelos e vem esta mulher para bem à minha frente?! Aguardo, elogio o cão e lhe digo que não gastará muito se comprar saquinhos plásticos; aliás, os mercados voltaram a oferecer os tais e ela não teria muito trabalho. Vou observando pacientemente pessoas que não tem consciência do erro que comentem a cada dia.
     Um retalho alegre do cotidiano se me apresentou, quando um idoso encurvado sob o peso dos anos, com muita dificuldade abaixou -se e recolheu os restos da digestão de seu Basset. Enrolou e amarrou a ponta do saquinho. Conversamos animadamente e ele se alegrou por ser, a meu ver, um ótimo exemplo para seus colegas. De fato, a culpa não é docão.

segunda-feira, 6 de agosto de 2012

Rota Eterna

     Rota Eterna

Sigo uma espiral ascendente,
Onde caminho por tortuosa ruela
Ou largo caminho...
Cada dia é uma vela,
Um clarão ou uma escuridão!
Cada passo, um degrau para cima
Que muito ensina
E não retrocede...
Só avança e sabedoria concede!

domingo, 5 de agosto de 2012

Andar com Fé

     Andar com Fé
Gosto da composição de Gilberto Gil que, cheia de alegria, diz " andar com fé eu vou que a fé não costuma faiá" ( falhar)...De fato, desde muito pequenina, vivi acreditando na Providência Divina. Foi-me ensinada a ideia de que Deus que não se ve, nos ve e cuida de nós a Seu modo e a Seu tempo. Muitas vezes, ficamos frustrados pois o tempo de deus não é o nosso tempo. E os arranjos d'Ele para nossa vida, são difíceis de serem compreendidos.

Vivemos hoje, crise de Fé. Coloco maiúscula para referir-me ao Eterno. Pois crises existem muitas: de relacionamento, na economia, na saúde e na educação ( sobretudo por aqui ). Estão arranjando um jeito de agradar a muitos - já que agradar a todos é impossível - fazendo um deus ao gosto de cada um; mesmo sem doutrina própria, deixando cada um viver como queira. Muito bem. Só que ética e moral não podem ser de livre escolha: há que existir um padrão, um modelo a seguir. Meu modelo é Jesus Cristo, morto e ressuscitado. Deus, o Ser Supremo que veio viver no meio dos humanos para nos ensinar o caminho árduo, porém gratificante,  do amor para nos transcendermos ao materialismo do mundo.

Polêmicas à parte, preciso mastigar mais as ideias de P. Teillard de Chardin, de que tudo no universo está geneticamente unido e interconectado e refletir sobre a preseça cósmica de Jesus Cristo encarnado.
Muito interessante esta visão que não me atrapalha em nada, andar na fé.
Colocarei um pensamento teillardiano em que acredito que prosseguimos em vida após a morte, sempre ascendendo em direção ao Pai. escrevi em versos.

O importante para fortalecer nossa fé é viver em sintonia com Cristo, exercendo a caridade sempre.

domingo, 29 de julho de 2012

Poesia Incompleta

Qualquer dia, voltarei a este texto para eleborá-lo; agora, é poesia incompleta.

    Poesia é ritmo, é rima, é emoção.
    É pensamento sem solução...
    É um gato se esticando no telhado,
    Baiana sambando de rosto molhado,
    Feito louca, na avenida.
    É o riso, o choro, a mão apertada.
    É silêncio, um não dizer nada.
    Poesia é mais que ritmo e rima.
    É pensamneto longo ou curto,
    Que se acaba num minuto
    Ou permanece para sempre.
    Sei que não minto:
    Poesia de rima ou ritmo é a negação,
    Pois que poesia é o coração.

Todos os meus pensamentos se traduzem em emoção. Contudo, alguns me dizem ser eu muito racional.
A objetividade é necessária em todos os momentos de nossa vida. Os sonhos, os projetos, porém, devem ter um bom espaço em nossa existência. Caso contrário, a vida seria muito árida, quase insuportável.
Então, confira poesia em sua vida, mesmo sem escrever versos. Que seu coração pulse em sintonia com o Criador e com a Natureza, amando e saboreando cada instante.

sexta-feira, 27 de julho de 2012

A Carne Queimada

     A Carne Queimada

     Foi um pequeno esquecimento.
     Florinda e Orminda viviam na mesma casa. Um pequeno sobrado, na rua Mourato Coelho, Vila Madalena, em São Paulo. Florinda já contava setenta e cinco anos e Orminda setenta e dois. As duas, solteiras e com algumas posses de herança e uma parca aposentadoria, sempre faziam suas refeições em um modesto restaurante, na rua Fradique Coutinho. Como aniverssariaram respectivamente em maio e julho, resolveram oferecer um almoço aos sobrinhos, recém chegados a S. Paulo. Florinda pensou em feijoada. Orminda concordou e lá foram às compras. Tudo certo, separadas as carnes mais fáceis, Florinda pôs a carne seca de molho por duas horas. Agora, daria uma fervura de cinquenta minutos para adiantar seu almoço do dia seguinte. Cobriu a carne com nova água e principiou o cozimento. Orminda já estava vestida para irem almoçar e apressava Florinda. Esta subiu ao quarto, banhou-se, perfumou-se e desceu apressada. A irmã a esperava na rua; tinha hora certa pra tudo. Muito mais para o almoço. Sairam tagarelando, especulando se os sobrinhos lhe trariam presentes, se estavam mais bonitos...Almoçaram e decidiram comprar sorvete que seria uma boa sobremesa; prática e gostosa. Subiram a ladeira meio sem fôlego, carregando a lata de sorvete. À frente da casa, Orminda olha a irmã com espanto, e franzindo o nariz a interroga se aquele cheiro horrível não seria sujeira de cachorro mal educado. Florinda sonda o ar, respira fundo e conclui que é poluição mesmo. Afinal, em S. Paulo vivemos com irritação nos olhos e o ar é pestilento. Passa um transeunte e, ouvindo as ponderações, concorda que o cheiro é muito estranho e ruim. Orminda gira a chave, abre a porta e arregala os olhos levando a mão à boca e nariz. Florinda adianta e percebe a casa toda envolta em densa e escura fumaça; o cheiro pestilento tudo envolve.  Corre e apaga o fogo. Da água resta apenas uma colherada; a carne tornou-se um carvão. Abrem as janelas e a porta da cozinha. Florinda proibe que se abra a porta da rua. Ligam o ventilador na posição de exaustor. Combinam nada dizer às visitas. Ainda à hora de dormir a casa está empestiada. Torcem para que no dia seguinte o cheiro tenha- se ido.
     Decidem que comprarão a feijoada pronta e dirão que foram elas que fizeram. Assim fica mais carinhoso, elas pensam.
     Naquela manhã de sábado, elas limparam o chão com sabonete líquido, gastaram quase o frasco inteiro de purificador de ar até velas acenderam. Orminda foi comprar a feijoada completa e trouxe também flores. Tudo ajeitado, quando os sobrinhos adentraram a casa, a primeira coisa que a jovem falou foi uma observação sobre aquele cheiro estranho. Florinda fez ares de curiosa e Orminda, segurando o riso, arrematou:
- É a poluição, meus queridos. É a poluição. Vocês que vem de Campinas não fazem ideia do sufoco em que vivemos.
     Serviram o almoço recebendo elogios e depois que os sobrinhos partiram as duas senhorinhas cairam na gargalhada.

Reflexões na noite

    Refexões na noite
   
    Tenho refletido - já escrevi sobre isso - sobre como o mundo é instável, lugar perigoso. Aliás, é perigoso viver. Ouvindo sobre o tal massacre em Denver, no Colorado, Estados Unidos, voltei a pensar nestes desajustados que surgem de tempos em tempos. Este matou doze e feriu mais ainda. Fui ao mais noticiado, o massacre de Columbine,no distante 1999. Comentamos sobre 1991, no texas. Ainda entram na cronologia, 2007 em Virgínia Tech; 2008, em Chicago também na Louisiana. Em Oslo, na Noruega,2011 penso que foi o mais terrível- se mesmo uma só morte não for algo terrível- foram setenta e sete (77) mortos. Pessoas mais estruturadas, vamos vivendo com o estresse que nos provocam as injustiças, a ignorância, a imoralidade, a falta de ética e de amor. Outros, não aguentam, surtam e sempre encontram alvos inocentes onde derramam seu ódio e frustrações.
Triste mundo que poderia ser um jardim tranquilo onde todos vivêssemos em harmonia.
Bem nos avisou o Mestre: " No mundo, haveis de ter aflições. Coragem, eu venci o mundo"

quarta-feira, 25 de julho de 2012

Uma Espiada em Minha Tulha

    De vez em quando, dou uma espiada em minha tulha. Mais rasgo rascunhos que empunho algo que preste. Contudo, é bom lembrar alguns pensamentos ou sentimentos que me ocorreram; sabe-se lá o porquê disto. Segue pequena lista:
    - Ser assertiva sempre - me diz a outra segura de si. Pelo próprio estado de espírito eu deveria saber se agi certo ou errado. Penso que isso é um julgamento sem objetividade. Se o que importa é só o meu bem - estar, poderia eu ser um corrupto ou um corrompido e ir dormir muito sossegadamente tendo recebido ou pago propina. Julgando-me de muita sorte ou de uma esperteza fenomenal. Esta emoção é relativa e subjetiva.

   - Os meios justificam o fim? Alguém combina que virá almoçar comigo. Concordo e preparo a refeição; aguardo o casal que está em crise. A pessoa em questão manipula o esposo e diz que quem os convida sou eu. O marido não quer ir ao encontro destes amigos. Ele quer ir ao cinema. Pois lá se vão! E a amiga nem se dá o trabalho de ligar desculpando-se por esta falha. Fico esperando e termino por almoçar sem eles. Incrível esta falta de sensibilidade. Como enquadrar tal criatura no roll de comportamentos irracionais?

   - Surpreendente. Esta quase não fala comigo. Ontem, meia- noite, eu e ela conversando na cozinha, a taça de vinho aguardando nossos beijos. Ela quieta. Quando tenta falar é um lamento pregado no peito que ao sair quase arranca sua alma. Doi tanto que as lágrimas jorram dos olhos até a boca. Limpa-as com as mãos num gesto de socorro ou de censura.

   - No amor quem deve ter as rédeas? A razão, que é o juízo ou o coração que é emoção?

  

domingo, 22 de julho de 2012

Tempo de ser feliz

Como digo,estamos no tempo de criar felicidade, mesmo que venha aos bocadilhos...Temos viajado, ido ao cinema,ao clube,a bares e festas. Sempre vemos amigos e conhecidos que estão no mesmo rumo, driblando sombras densas ou amenas. Saindo de assistir ao agitado filme, O Ultimato Bourne e para variar a rotina da cervejaria Giovanetti, fomos ao Zin'bar, no espaço Jaraguá, na av. Brasil. É um lugar simpático, com garçons amáveis e lanches deliciosos! Também gostamos bastante do " Escondidinho" de frango ou carne seca que servem ali; com o tempo frio, deixamos de lado a cerveja e temos tomado um razoável vinho nacinal, adega Valduga. Normalmente, estamos eu e Ivan. Nosso jogar conversa fora fica, quase sempre, em memórias do tempo passado ou em projetos de viagens, de editar livros de poesias e de aves ou comentários de situações que nós não tenhamos vivenciado juntos. Como o filme que vi ali mesmo no Jaraguá- " Fauteil d'Orchestre"- de que muito gostei e seo Ivan não quis ver. Bobo ele, o filme é muito bom! Só apareceu meu marido para comer e beber! Neste dia, vimos Amália e seu marido que comentaram sobre seus netos. Neste tempo em que estamos novos avós, as pessoas celebram a novidade conosco. Neste último dia trinta, Ivan olhou com espanto seu ex. colega de trabalho Aníbal. Estava em uma mesa animada, com umas quinze, vinte pessoas! Logo se aproximou e , muito alegre explicava que aqueles tantos eram parte de sua rotina de encontros de colegas da oitava série ou seja, o antigo ginasial. Faz muito tempo! Este rascunho de 2007 ( santa Cristina!) achei-o por acaso. Foram-se no tempo, água abaixo, o espaço Jaraguá, o cinema e o Zin'bar. Ainda mais com a lei seca não se pode tomar aquele bom vinho e sair dirigindo... Agora, criamos felicidade só na hora do almoço; está muito bom, com vinho ou cerveja e,em seguida pegamos um cinema. Nada que não fortaleça o bom-humor

Tempo Outono - Inverno

Tempo Outono-Inverno Vinte e dois de junho: menos frio que a semana que passou.Foi uma semana das mais frias dos últimos dez anos de inverno. Hoje, desenrolamos um dia mais para outono, vestido de muito azul, com poucas núvens. Na estrada da vida, sigo também em tempo de outono- inverno; mais para outono. Contudo, sabendo que, se continuar no tempo, vou viver as asperesas do inverno. Sei que o idoso enfrenta muitas limitações somadas à incompreesão de muitos. É de rir para muitos e de chorar ( de rir? para outros)como eu e muitas amigas que nos aventuramos neste labirinto de informações não nos saimos bem. Este é um lugar de jovens. Sou audaciosa de me meter neste " metier ". Isso é mesmo um teste:sumiu ou equivoquei-me com nova senha; viajando bastante não arranjo tempo para postar aqui, em tempo adequado. Se editar, ótimo. Senão, desistirei de vez! Gosto de escrever pelo prazer de escrever, mesmo que ninguém leia, meu desabafo, minha opinião sem valor, meus questionamentos. Porém, vou-me alegrar se puder ver esta postagem. Estou com pés gelados, apesar de vestir meias de lã. Todavia, minha alma está aquecida: tenho filhos e netos e um esposo meigo e atencioso. Além de um montão de amigos e colegas. Vamos ver o que acontece neste clicar duvidoso. Se não funcionar, nada de muito importante perderei.Afinal, meu Deus existe e caminha comigo!

segunda-feira, 30 de abril de 2012

Um Novo Sol




Um Novo Sol

Todos garantiam que Guilherme aterrissaria por aqui em junho. Planejamos festa com brinquedos para Felipe, deixando para o ilustre novo membro familiar um mes mais à frente, com fogueiras e tantas delícias de quentão e pipoca e doces. Antonio, João e Pedro, os famosos santos, seriam seus protetores, testemunhas do evento! Até bandeirinhas e mastros faríamos nos próximos anos, para desespero de alguns vizinhos mais acomodados...
Não é que o fofinho, logo na madrugada de trinta de maio deu seu ar de graça, cutucando a barriga da mãe, logo ao amanhecer! O pai, sonolento até cansado, pensando nalguma cirurgia que faria ainda naquele dia, tenta convencer a paciente mãe de que o garoto, certamente, só viria lá pelo dia nove, perto da tia Raquel...
Nada disso, Guilherme queria vir naquele dia. Continuou por isso, a cutucar, a dizer com o gesto que daquele dia em diante não ficaria ali dentro nem mais um instante! Começou, então, a dançar...Empurrando, gritava: "me tira daqui!"
Quando às dezoito horas, a médica recomendou a internação de mamãe Juliana e seu apressado filho, o pai da criança sentiu-se flutuar, como se um astronauta fosse!
Seguiu-se, então, o que ocorre sempre nestes momentos de grande expectatia: o coração muda de lugar e começa a pulsar na boca; o estômago costuma fugir e o intestino a roncar e a funcionar a toda hora de modo imprudente e inoportuno! Esta pomposa avó que lhes fala, "super-experiente" por conta de Felipe, tranquila e sorridente, também flutuava entre a avó Irene e a janela do berçário!
Vinte e uma horas, lá estava o garoto tomando seu banho, despudoradamente nu, à frente de avós, tios e primos de olhos arregalados, grudados na vidraça. Campinas tremia no vento que vinha do Sul, zombando e fazendo o guri chorar, peladinho em folha! E Junior, o primo matreiro comentava, num riso mesclado de emoção e asssombro: "chegamos ao mundo sós e partimos sós!" Na verdade, ele chegara com sua mãe; é parte dela! E o papai se recompos e esteve ali o tempo todo. E foram tantas mãos a puxá-lo para fora...
Teria tido angústia?! Apenas agora, depois de adultos, pensamos nisso - o que o bebê possa sentir ao cair neste mundo. E, ao partirmos, seguimos inquietos até desconsolados...Jamais, porém, estaremos sós.
Assim é que, Guilherme é um novo sol em minha vida!

O Poeta e A Casa da Colina

O Poeta e a Casa da Colina




Quando cheguei à Casa da Colina,


Uma emoção suave


Encheu meu coração de ternura


E veio cá fora,Em formato de lágrimas!


Era como uma robusta saudade


De um tempo em que não vivi,


Como se em verdade


Eu tivesse morado ali,


Na década de quarenta!


Em tudo, eu via o genial poeta


Que, como ninguém, inventa


Um poema para celebrar


Sua nova casa, no alto da ladeira.


A Casa da Colina transpira


Aconchego e cultura em cada canto.


Junto aos objetos pessoais do poeta,


Obras de Tarsila, Di Cavalcanti, Anita


E Brecheret, cada qual com seu encanto,


Fazendo a casa mais bonita!


Envolta em nostalgia,


Vejo o Príncipe dos Poetas


Descendo de sua mansarda,


Em grande euforia,


A cada nova composição,


Para aderir-se à Revolução


Ou a completar a tradução


De grandes poetas franceses...


Quantas,ainda muitas vezes


Guilherme de Almeida


Será homenageado


Em Campinas, sua terra natal


E Brasil afora até no exterior.


Tornou-se justamente imortal


E granjeou nosso amor


Pelo seu carisma de poeta - maior.


Sou feliz nesse momento


Pois tenho um rebento


A quem, como ao poeta,


Amo e admiro,


Que leva consigo


Este nome marcante:




Guilherme!




Celebramos, a pessoa brilhante que foi Guilherme de Almeida, aclamado "Príncipe dos Poetas", nascido em Campinas ( 24 - 07-1890/ 11-07- 1969).




Festas muitas e Ano Novo

Festas e Ano Novo



Havia algum tempo eu queria vir postar alguma conversinha, mas as festas de Natal e Ano Novo atropelaram-me.

A cada ano, prometo enfeitar a casa em meados de novembro e comprar presentinhos - meras lembrancinhas - muito antecipadamente. Desta vez, resolvemos refazer o jardim;ainda mais os netos de férias, foi um envolvimento total.

Fim- de - ano recebo milhões de e-mails! Mensagens lindas, reconfortantes, amorosas e algumas para reflexão, do que também gosto muito. E lá fui fazer minha lista básica de propósitos, metas grandes e pequenas, coisas que venho empurrando de barriga. Desde uma oração mais bem feita ( com meditação), aqueles exercícios físicos diários, o comer correto até leituras que dormem desde um bom tempo! Fica ainda o projeto de escrever outro livro e pintar só um pouquinho... Bom é que tenho viajado bastante e, estando fora de meu " habitat" a rotina se desvia um bocado.

Neste fim- de- semana, depois de muito relutar, fui conhecer a reserva florestal, Guainumbi, parte do complexo Parque Estadual da Serra do Mar. A natureza exuberante, vibra nas árvores, flores e aves e nos transmite muita paz.

Foi interessante, nós ali na varanda, os homens vestidos como caçadores ( !?): calça, camisa, bonés, tudo camuflado. Com suas câmeras, filmadoras, binóculos, gravadores e sei lá mais quantos objetos necessérios ou não! Pareciam crianças, em acampamento de escoteiros. E era impossível não ouvir suas conversas animadas: " você conseguiu pegar o môcho - diabo?", " Viu a corujinha - de barranco e o bandeirinha?" Eu me encantava com o sanhaço que vinha a cada momento comer mamão. E o periquitão, de asas completas, tornara-se um exibido voando por todo lado: tinha sido domesticado.

Os amantes de aves, sairam muito cedo, voltaram para o almoço; tornaram a sair e voltaram para o jantar; deram -se um tempo mínimo de descanso e novamente ingressaram mata adentro, atrás de corujas sonolentas! Foi como disseram: " overdose de corujada". Ainda no domingo foram de madrugada e só voltaram para o almoço, quando era hora de partir.
Eles tem ido diversas vezes; para mim foi vez primeira e gostei do lugar: caminhei pelos arredores e pus minha leitura em dia.
Espero voltar por lá.

No Agora Do Meu Tempo

    No agora desta segunda-feira chuvosa, acabei de receber e-mail de minha criança que diz ter feito " meduda viagem" até Madri, na Espanha. Lá estão também outras quatro crianças, sendo duas verdadeiras jóias raras, pequeninos tesouros de tres e quatro aninhos!
    No cenário mundial, os presidentes dos Estados Unidos e o da França lutando muito para serem reeleitos. Porém, a vitória poderá escapar-lhes, é o que suponho. Quanto à crise econômica, o estado de suspense ou alerta é da Espanha que ostenta alto índice de desemprego, o maior em dezoito anos!
     Aqui no Brasi, vemos um grupo de empresários zelosos de tirar o mundo do sufoco, retirando dos supermercados as sacolinhas de plástico! Somente estas sacolinhas são poluidoras; o consumidor pode e deve continuar comprando sacos de plástico para seu lixo até muito mais reforçados; seus refrigerantes e água em vasilhas que levarão milhares de anos para sumirem do solo e muitas outras comidas embaladas em plástico. essa é uma conversa bem loga como a das "cotas" de vagas em universidades para pessoas de pele nomeadamente parda ou negra. Então é melhor aproveitar a chuva e tirar uma soneca.

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

2012 - Ano Novo

2012 -Ano Novo

Cá estamos, às vinte e duas horas e trinta e tres minutos, da primeira terça - feira, do dito Ano Novo! Tanto se falou deste ano, com muitas péssimas perspectivas, que estou caminhando cautelosamente, por essas poucas horas, do que serão muitos dias e meses.

O Natal chegou e se foi fazendo música de saúde e paz. O Ano Novo entrou com fogos e alardes: continua a ameaça de crise econômica mundial, crise com o Irã, aquecimento global, com direito a tsunamis naturais e aquelas que nascem no coração por conta do desemprego ou de neuroses várias.

Esqueçamos as falas apocalíticas e plantemos esperança em nosso jardim interno e ao redor.
Que nosso olhar não se fixe em manchetes vulgares de tanta violência e pessimismo. Exercer sim a cidadania sempre que necessário, com serenidade e firmeza.

E, pode ter a certeza de que o mundo não vai acabar tão cedo! Quando muito pode cair, como na canção de Maysa: " Meu mundo caiu. "

Que eu possa arranjar tempo para aqui escrever, mesmo que seja apenas para me sentir consciente e regente desta orquestra que nomeio minha vida.