terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Busca Incansável

O lago esbanjando claridade, espelhando o sol, ferindo - me as retinas! Retive a emoção! Levei a sensação de perenidade mata adentro... O véu das ramarias, entrecortado de luz, dançava ao vento, como no tempo de fadas, no mistério multicolorido de aves e borboletas. Congelei o momento, na memória da saudade, tal o encantamento, tamanha a felicidade! No azulado infinito, tem gosto de eternidade o albatroz pairando em círculos , senhor do universo! No anverso da paisagem, a imagem fugaz de um homem em paz, à beira do lago, pescando esperança... Deslumbramento infinito! Dentro em mim, o lago na calmaria, a luz perene, bondade e beleza, no auge do esplendor. Aqui, encontro Deus, o eterno, o Tudo. A paz que se busca como andarilho, não dura nem tem o brilho da que se encontra dentro de ti!

sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Reflexões enquanto ainda no Tempo

Estaria eu sendo repetitiva ou os fatos, no Brasil e no mundo estão eles mesmos repetitivos? É o que julgo: mais lenha na fogueira de ataques terroristas; mais outros avulsos, soltos por lá e por cá, imitando o complexo de Tânatos, a torto e a direito. Já ou enfim, li os dois livros de Estulin. Jogaram mais luzes sobre o que eu sabia e mostraram coisa nova, no que se refere à manipulação das massas ou lavagem cerebral, muito bem planejada e executada! Fartei- me à náusea com a pandemia de Zicas e Dengues e seus pares. Cansados, enfiam- nos goela abaixo a Febre Amarela e o vandalismo sangrento nos presídios. Há mais de vinte anos, eu e minhas amigas comentávamos sobre a má administração carcerária ou seu completo abandono pelos governos estaduais ou federal. E, desde o ano próximo passado, ficamos a assistir ao circo escandaloso e imoral, no que se revelou as entranhas do governo brasileiro. Em sua cúpula, os três poderes, descendo às camadas inferiores da sociedade num conluio indecente de assalto à nossa economia. Aquilo tirava nosso sono, pois decidíamos pensar, coisa que muita gente não faz. Pensar cansa e normalmente não conseguimos boas mudanças. Mas, como quem só gosta de brincar e se vicia nos brinquedinhos, quem gosta de refletir também se acostuma até vicia em pensar... Foi então, que no meio de tantas vira - voltas, apareceu um juiz sério que teve a felicidade de juntar - se a outro igual. Juízes que agem dentro da Lei. Isso deveria ser a norma. Contudo, há sempre um "jeitinho" para adiar punições aos infratores, quando nas mãos de juízes " bonzinhos ". Agora, nossa esperança está congelada! Ao menos em estado de espanto está o brasileiro pensante: falece, num desastre aéreo, o competente e virtuoso das Leis, o ministro Teori Zavascki. Coincidência ou fatalidade, ele homologaria as delações de muitos, em rapina bilionária! Sim, porque o Brasil, que mundo afora é conhecido como país pobre, aqui dentro, os roubos dos políticos corruptos e seus pares são sempre de milhões, cuja soma do vício chega sempre aos bilhões. Bom motivo terão para atrasar tais investigações, nas quais são citados o atual presidente da República e o atual presidente do Senado! " Brasil, mostra tua cara! Quero ver quem paga pra gente ficar assim." A música é velha, mas o problema atual. Como faz tempo que a gente " está assim! ". Por muito menos, Getúlio Vargas suicidou-se! Infelizmente, o mundo não nos oferece coisa melhor. A saída da Inglaterra da Comunidade Europeia e a eleição de Trump nos E.U. nos sinaliza tempos arrogantes de se considerarem melhores que os demais e muito melhores que os países em desenvolvimento. Convido todos à oração. Não por desesperança ou temor, mas porque traz a paz e espanta o estresse; favorece a saúde, fortalece a fé. Também, uma taça de vinho, diariamente e duas ou três, no sábado é um santo remédio e faz brotar alegria no coração!

segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Ponderação

Faltam poucas horas para fecharmos as portas do Ano Velho! Com bons momentos e horas de dúvidas, dores; dias densos, sombrios... O mundo inteiro trazendo más notícias e com muita coragem fomos colocando luzes e caminhando com cautela. Vozes nefastas ecoaram por muitos ângulos. A meta é sempre manter o povo em alerta; no temor. Que os propósitos de 2016, cumpridos ou não fiquem por lá. Que novos sonhos sejam elaborados sem pressa. Também quero que minhas metas não sejam tão grandiosas. Como já refleti, que nossas metas sejam mais imediatas, pequenas, singelas; modestas mesmo. Quero estar viva ainda mais um tempo. Contudo, ninguém sabe o " quando " nem o " como". E não me preocuparei com isso. Se conseguir arrumar minhas gavetas e esta mesa; se conseguir escrever algo, mesmo que quase ninguém leia, ótimo! Se eu terminar a leitura daqueles cinco livros, uns lidos pela metade, outros ainda mal começados. Preciso disciplinar a gula mental e física. " Las Cartas Secretas...", de Gianluigi Nuzzi, está no início. Os dois de Daniel Estulin, " Club Bilderberg" estou a terminar. O de Roberto Pazzi, " Conclave" também no início. " Cartas de Hastings e de Paris, de Teilhard de Chardin, para reler;o mesmo para " Terra dos Homens" de Saint - Exupéry. Isso é urgente e básico. Sei que outros já teriam lido tudo isso e mais o dobro. Não me compararei com os revisores de editora, os profissionais da leitura e releitura. Mas, isso é o mínimo que tenho a fazer, quanto à leitura. Não ponderarei sobre os exercícios físicos e as muitas pausas que me concedo nem sempre voluntárias. O que plantar desde hoje é o que colherei à frente. Quero plantar mais amor, com formato de sorrisos, de abraços, de brincadeiras com netos e debulhar conversas jogando- as pelo chão e pelo ar, sem nenhuma pressa ou preocupação. Com atenção ao momento, sugando o tudo da hora. Embora a frustração sempre aconteça, não me esconderei sob a doença em forma de negação. Quero assumir a tristeza, se aparecer, sem máscara de palhaço que chora pra dentro ou sozinho em seu camarim. Se tiver que chorar, chorarei no palco da vida. Se tiver motivo para rir, quero rir muito, exageradamente. Sem fingimento nem de sofrimento nem de prazer. Pronto. Fim de ano. Sem culpas; com mérito de trabalho feito. Pouco, é verdade. Mas, cá tenho meus motivos. Quero ser digna do Mestre: ponho as mãos no arado e não olho para trás. Se ainda tiver vãos nestas tarefas, pretendo pintar dois quadros e organizar um livro de poesias. Tudo muito devagar. Porque ansiedade é doença séria. O ansioso fica estressado. E a doença deste tempo é o estresse que está sob muitas vestimentas. Nem preciso enumerá-las. Posso até saber de guerras, crises econômicas e governamentais. Passo por elas navegando suavemente. Contudo sei que as ondas bravias podem balançar meu barco. Porém, sou forte na fé: creio que o equilíbrio vem d'Ele. Nada me abalará. Ponderação superficial, mas que me conforta. Que o Ano Novo seja de fato novo para mim e para muitos. Então, feliz Ano Novo!