segunda-feira, 2 de janeiro de 2017

Ponderação

Faltam poucas horas para fecharmos as portas do Ano Velho! Com bons momentos e horas de dúvidas, dores; dias densos, sombrios... O mundo inteiro trazendo más notícias e com muita coragem fomos colocando luzes e caminhando com cautela. Vozes nefastas ecoaram por muitos ângulos. A meta é sempre manter o povo em alerta; no temor. Que os propósitos de 2016, cumpridos ou não fiquem por lá. Que novos sonhos sejam elaborados sem pressa. Também quero que minhas metas não sejam tão grandiosas. Como já refleti, que nossas metas sejam mais imediatas, pequenas, singelas; modestas mesmo. Quero estar viva ainda mais um tempo. Contudo, ninguém sabe o " quando " nem o " como". E não me preocuparei com isso. Se conseguir arrumar minhas gavetas e esta mesa; se conseguir escrever algo, mesmo que quase ninguém leia, ótimo! Se eu terminar a leitura daqueles cinco livros, uns lidos pela metade, outros ainda mal começados. Preciso disciplinar a gula mental e física. " Las Cartas Secretas...", de Gianluigi Nuzzi, está no início. Os dois de Daniel Estulin, " Club Bilderberg" estou a terminar. O de Roberto Pazzi, " Conclave" também no início. " Cartas de Hastings e de Paris, de Teilhard de Chardin, para reler;o mesmo para " Terra dos Homens" de Saint - Exupéry. Isso é urgente e básico. Sei que outros já teriam lido tudo isso e mais o dobro. Não me compararei com os revisores de editora, os profissionais da leitura e releitura. Mas, isso é o mínimo que tenho a fazer, quanto à leitura. Não ponderarei sobre os exercícios físicos e as muitas pausas que me concedo nem sempre voluntárias. O que plantar desde hoje é o que colherei à frente. Quero plantar mais amor, com formato de sorrisos, de abraços, de brincadeiras com netos e debulhar conversas jogando- as pelo chão e pelo ar, sem nenhuma pressa ou preocupação. Com atenção ao momento, sugando o tudo da hora. Embora a frustração sempre aconteça, não me esconderei sob a doença em forma de negação. Quero assumir a tristeza, se aparecer, sem máscara de palhaço que chora pra dentro ou sozinho em seu camarim. Se tiver que chorar, chorarei no palco da vida. Se tiver motivo para rir, quero rir muito, exageradamente. Sem fingimento nem de sofrimento nem de prazer. Pronto. Fim de ano. Sem culpas; com mérito de trabalho feito. Pouco, é verdade. Mas, cá tenho meus motivos. Quero ser digna do Mestre: ponho as mãos no arado e não olho para trás. Se ainda tiver vãos nestas tarefas, pretendo pintar dois quadros e organizar um livro de poesias. Tudo muito devagar. Porque ansiedade é doença séria. O ansioso fica estressado. E a doença deste tempo é o estresse que está sob muitas vestimentas. Nem preciso enumerá-las. Posso até saber de guerras, crises econômicas e governamentais. Passo por elas navegando suavemente. Contudo sei que as ondas bravias podem balançar meu barco. Porém, sou forte na fé: creio que o equilíbrio vem d'Ele. Nada me abalará. Ponderação superficial, mas que me conforta. Que o Ano Novo seja de fato novo para mim e para muitos. Então, feliz Ano Novo!

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