sábado, 11 de setembro de 2010

Tres meses de ausência

Hoje, um amigo, Armando é seu nome, perguntou sobre meu blog. Nossa! Só então me dei conta que os dias voaram como poeira ao vento!

Vou partilhar, resumidamente, sobre algo um pouco mais relevante para mim.
Lá por meados de junho, estivemos eu e Ivan em Brodowsqui - ou Brodósqui, cidade próxima de Ribeirão Preto. Fomos conhecer um pouco mais das obras de Cândido Portinari. Vimos a casa onde morou, hoje transformada em museu. Ali, destacam-se alguns objetos pessoais e pequenas obras. Na Igreja, situada logo em frente, também pode-se ver uma obra dele. Entretanto, foi em Batatais que pudemos deliciar nossas retinas e deixar nossa emoção vibrar junto com batidas mais fortes de nossos corações. Na Igreja Matriz da Paróquia Bom Jesus da Cana Verde, encontram-se preciosidades deste grande artista. São, sobretudo, cenas bíblicas, como a Sagrada Família, A Fuga para o Egito, o Batismo de Jesus, no Jordão, A Condenação de Jesus,A Ascenção do Senhor e muito mais. Também já tinha visto parte de seu trabalho na Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte e no MAM, em S. Paulo. Não temo errar colocando Portinari, junto a muitos dos grandes nomes, na arte da pintura, tais como Cézanne, Picasso ou Kandinsky; cada qual com seu estilo e carisma pesssoal. Algo para ser sempre lembrado é seu painel na sede da ONU, o que muito nos orgulha e foi um fecho de ouro em sua brilhante carreira.

Julho me chegou com uma surpresa, algo como uma prova de fogo. Fiz uma peregrinação de Itajubá até Aparecida do Norte. Foram tres dias a pé, saindo nas primeiras horas do dia e parando ao escurecer. A maior dificuldade para esta principiante em caminhadas foi a chuva. Esta não deu trégua em nenhum momento: pancadas fortes ou chuvisco transformaram o caminho em pura lama! Mas, como já sabia, só reforcei a máxima de que a vitória que vence todas as dificuldades é nossa fé. Depois dos tres dias, lá chegamos uns exaustos, todos cansados, porém felizes. Foi uma bela e memorável experiência que ainda estou mastigando e retirando dela grandes ensinamentos.

Agosto e Setembro vem-nos atropelando com esta tortura de mensagens politiqueiras. São politiqueiras e medonhas porque não mais acredito nos tais "representantes do povo". Eles não me representam; eu sou o povo. Perderam o respeito por todos nós e por si mesmos. Usam das coisas públicas como se particulares fossem. É triste como a pobreza e a ignorância servem à compra de votos, com cestas básicas ou uma mesada quase ridícula!

Vou pensando que a primavera está às portas e vale mais a pena eu cuidar do jardim, limpando as flores de pragas, pois que, na política, as pragas são eternas.