quarta-feira, 19 de abril de 2017

Elogio da Coragem

Ele dizia:-Tomai cavalos e cavaleiros,
espadas e varapaus! Vencei os maus!
Para Josué ordem igual.
Contra o mal, para além da muralha,
tocar a trombeta até vê - la cair.
Tomar posse da terra e fazê - la produzir.
A rainha, no leito nupcial,
degola o rei para salvar seu povo!
De novo, o elogio da coragem...
Na voragem do tempo, contemplo a covardia.
Nada de rebeldia!
A boca sempre calada .
Mesmo para a comida fechada
que esta é quase nada!
Pás, ancinhos, foices...
Foi - se a charrua; ficou a máquina
e muita gente na rua!
Mente quem diz que o povo está feliz!
Nenhum Balzac, na comédia humana!
Nem mesmo um corajoso alferes Joaquim...
Assim não vai!
Onde uma Joana D'Arc e Jean Moulin?
Chega de Guernica sem Picasso!
Escasso mundo de profetas e sábios,
de um como Cristo, com a Verdade
e com chicote, chamando à liberdade!