segunda-feira, 10 de setembro de 2012

Raça ou cor de pele

     Faz algum tempo, um homem de pele negra ( deveria dizer afro-descendente?) nos ofereceu uma conferência onde ressaltava que "todos temos sangue de africanos e/ou de índios e/ ou de europeus ( sobretudo dos portugueses, italianos e espanhóis). Muito bem. A miscigenação no Brasil é das mais complexas. Ademais, não existe raça pura. Mesmo os muito escuros ou os de pele muito branca. Pelo meio da palestra, o homem já se fazia de coitado, prejudicado e, além de nos acusar de elitista, por termos a pele mais clara, afirmava ao bom som que os de pele escura tinham muito a receber da sociedade pois sua raça fora explorada e blá, blá, blá... De repente, ele pertencia a uma raça, a um grupo bem definido; eles mesmos se definindo incompetentes ou perseguidos. Não se pode chamar alguém de negro, muito menos de crioulo. Mas criam o " Dia da Consciência Negra". E conseguiram, com poucos esforços, as tão polêmicas cotas para Universidades.
     É com grande alegria que observo o ilustre ministro Joaquim Barbosa, com mestrado e doutorado no Exterior, dando um show de Ética, Competência e Coragem em ambiente quase sempre duvidoso de se fazer justiça. Se a Justiça realmente fosse a normalidade daquela Casa, não haveria tamanha euforia. E, para provar que o negro não necessita de cotas, esse ilustre senhor, fez seus estudos sem precisar de favores. Na verdade, esse caminho que sugere um atalho, pode ser uma armadilha perigosa para alguns preguiçosos. Sabendo que terão sua vaga garantida pela cor da pele, não se esforçarão para dar o melhor de si. Isso é uma pena. Quase certo é que não teremos outros Joaquim Barbosa.

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