quinta-feira, 5 de julho de 2007

Das Plantinhas e dos Amores






A hortelã definhava...
A salsa amarelada pedia amparo.
A segurela sumira
e o coentro chorava por ela...
O manjericão e a cidreira sinalizavam morte,
como pasto de lagartas insolentes!
Eu ia e vinha, nas ocupações do mundo,
que arbitrara mais importantes.
Não percebera a necessidade de cuidados
das minhas plantinhas!
Hoje, gastei a manhã inteira;
gastei, não a perdi,
promovendo harmonia
entre joaninhas e pulgões,
longe da horta e do jardim.
Tristemente, entendi
o silêncio eloqüente do jasmim
e a morte violenta da violeta.
Tal como minha noiva, não suportaram o abandono.

Um comentário:

Anônimo disse...

Oi,
Gostei muito do poema, quero ver outros como este por aqui.
Beijos,
Dani