Ouço o pesado e rouco lamento
da bem- te- vi solitária.
Está a se esconder do vento,
a refrescar seu corpo
sob a touceira de murta!
O amarelo quente do sol
não promete chuva.
A passarinha chama seu amor
que traga alimento para seu rebento
que acaba de nascer...
A esperança se junta nos cúmulos,
mas os cirros dissipam o desejo.
Vejo a insistência dos pios
e supro a carência com banana
e a pureza d'água.
Juntam -se aos pássaros
a palmeira seca e as flores
que gemem a implorar socorro.
Tomara tudo amanheça molhado,
e a natureza se ponha a cantar,
sem fome nem sede nem lamento.
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